Carybé

Argentina 1911 - 1997

Pintor, gravador, desenhista, ilustrador, mosaicista, ceramista, entalhador, muralista. Chegou ao Brasil por volta de 1919, no Rio de Janeiro, e frequentou a Escola Nacional de Belas Artes. Entre 1941 e 1942, viajou por países da América do Sul. Em 1943, realizou sua primeira individual na Galeria Nordiska Kompaniet, em Buenos Aires. Seguiu mais tarde para Salvador (BA), onde se fixou definitivamente a partir dos anos 50 e casou-se com Nancy Bernabó. Apaixonado pela Bahia, Carybé tornou-se conhecido com suas obras que valorizavam a cultura, os rituais afro-brasileiros, a capoeira, as belezas naturais e arquitetônicas da região. Em seu currículo inclui dezenas de individuais no Brasil e no exterior, e diversas participações em exposições coletivas. Em 1956 teve sala especial na Bienal de Veneza. Em 1996 expôs na Casa de Galícia, em Madri e na Galeria Debran’t, em Paris. Executou murais no Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Montreal e no aeroporto Kennedy de Nova York e no Aeroporto Internacional de Miami. Uma de suas obras mais conhecidas é o conjunto de painéis “Os povos afros”, os “Ibéricos” e “Libertadores”, de 1988. Estas obras fazem parte da decoração do mural do Memorial da América Latina, situado no bairro da Barra Funda (São Paulo). Teve um de seus quadros oferecidos pelo governo da Bahia à Coroa Inglesa em sua visita ao Brasil e de passagem pela Bahia.